[mas não sei se vou continuar. O que vocês acham, devo ou não continuar?]
– Shh, está tudo bem, meu amor. – a voz dele sussurrou no ouvido da criança em seus braços. A menina, Mi-jin, estava desconsolada, com a cabeça deitada no ombro de seu pai, enquanto lágrimas grossas e incontroláveis rolavam pelo seu pequeno rosto avermelhado. Mesmo que o choro parecesse não acabar, Hae-jun continuava a balançá-la em um ritmo suave e a sussurrar palavras reconfortantes para o pobre bebê.
Depois de algum tempo, os resmungos baixos e lamentantes da menina se tornaram em suspiros entrecortados. Os olhos semicerrados olhavam vidrados para o nada, enquanto a mãozinha ocasionalmente acariciava as costas do pai e a chupeta se tornava pendente na boca entreaberta.
Um último suspiro foi dado antes de Mi-jin partir para o mundo dos sonhos. Hae-jun continuou a balançando por uns 7 minutos, antes de voltar para o quarto e a depositar suavemente no berço simples e macio.
Os olhos cansados percorreram a expressão suave e adorável de sua pequena filha com o amor e o carinho que apenas um pai poderia sentir. Aquela madrugada tinha sido desafiadora, e agora era hora de descansar um pouco. Foi então que com um suspiro e os pesados que ele voltou para a cama vazia.
Era naqueles momentos que ele sentia ainda mais falta da esposa.
O pensamento ou rápido pela sua cabeça, e com uma sacudida de cabeça, ela foi embora tão rápido quanto veio. Não. Ele não vai lembrar. Não é hora de lembrar.
Deitado na cama, sentia que o seu corpo pesava uma tonelada, e para escapar dos pensamentos que o ameaçavam engolir, decidiu finalmente fechar os olhos e dormir, como a sua querida filha fez.
Era uma pena que ele não pudesse dormir nos braços do seu pai também.
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