ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ#𝗢 𝗴𝗼𝘀𝘁𝗼 𝗰𝗶𝘁𝗿𝗶𝗰𝗼. Laranjas doces e amargas.

kise⠀ March 26

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ٬ ㅤ ı 𝗇 𝗍 𝗋 ơ 𝖽 𝗎 𝖼̧ 𝖺̃ 𝗈 :tangerine: ㅤ ٫ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ──────────────────────

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ"𝗅𝖺𝗋𝖺𝗇𝗃𝖺𝗌 𝗉𝗈𝖽𝖾𝗆 𝗌𝖾𝗋 𝖺𝗆𝖺𝗋𝗀𝖺𝗌, 𝗆𝖺𝗌

ㅤㅤㅤㅤㅤ 𝗆𝖾 𝖼𝖺𝗍𝗂𝗏𝖺 𝗆𝗎𝗂𝗍𝗈 𝗌𝗎𝖺 𝖼𝖺𝗉𝖺𝖼𝗂𝖽𝖺𝖽𝖾 𝖽𝖾

ㅤㅤㅤㅤㅤ 𝗌𝖾𝗋 𝖽𝗈𝖼𝖾."

ㅤㅤㅤㅤㅤ 𝗎𝗆 𝗉𝗈𝖾𝗆𝖺

ㅤㅤㅤㅤㅤ 𝖾𝗅𝖺,

ㅤㅤㅤㅤㅤ 𝖺 𝖿𝗋𝗎𝗍𝖺 𝖼𝗂𝗍𝗋𝗂𝖼𝖺;

ㅤㅤㅤㅤㅤ 𝗈𝗌 𝗈𝗅𝗁𝖺𝗋𝖾𝗌,

ㅤㅤㅤㅤㅤ 𝗎𝗆 𝗀𝗈𝗌𝗍𝗈

ㅤㅤㅤㅤㅤ 𝖽𝖾

ㅤㅤㅤㅤㅤ 𝖺𝗆𝖺𝗋𝗀𝗎𝗋𝖺

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ㅤㅤㅤ ㅤㅤ𝗢 𝗺𝖚𝗻𝗱𝗈 é feito de contrastes, e em meio ao caos e à ordem, há aqueles que fluem como um rio sem destino fixo. 𝗘𝗹𝗲𝘀 carregam o paradoxo da existência: simultaneamente previsíveis e insondáveis, navegando por entre certezas e dúvidas. Como algo que oscila entre 𝗮𝗰𝗶𝗱𝗼 e 𝗱𝗼𝗰𝗲, sua essência reside no equilíbrio instável que os define, e sua beleza, na aceitação de que ser complexo é ser intensamente humano.

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝗨𝗺𝖺 𝗅𝖺𝗋𝖺𝗇𝗃𝖺 doce e amarga, capaz de despertar um arrepio ácido na boca, torna-se metáfora de uma alma que transita entre extremos, dançando entre certezas e inquietações. O sabor que provoca também fascina, assim como a dualidade de quem carrega consigo luz e sombras, certezas e dúvidas, caos e ordem. 𝗘𝗹𝗮 𝗲𝗿𝗮 𝘂𝗺 𝗽𝗮𝗿𝗮𝗱𝗼𝘅𝗼, uma enigmática composição de emoções, cujo entendimento pleno pertencia apenas a ela mesma. Sob a máscara de um 𝘀𝗼𝗿𝗿𝗶𝘀𝗼 𝗶𝗹𝘂𝗺𝗶𝗻𝗮𝗱𝗼, escondiam-se abismos internos, um turbilhão de sensações no qual confiança e insegurança coexistiam de forma paradoxal. Sem planos grandiosos, sem filhos, sem gatos, sem casas espaçosas, sua visão repousava sobre o instante presente, em que as 𝘁𝘂𝗿𝗯𝘂𝗹𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮𝘀 e os silêncios desenhavam sua trajetória. 𝖤 𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶𝗮 abraçar o caos como essência, permitindo-se ser moldada por instabilidades que, longe de enfraquecê-la, apenas acentuavam sua profundidade e humanidade. Como uma onda incessante, fluía entre marés suaves e tempestades furiosas, uma existência em perpétuo movimento. Mais do que uma busca por estabilidade, sua jornada era sobre encontrar sentido na imprevisibilidade, na imperfeição daquilo que faz da vida uma experiência genuína e única. Em sua instabilidade, residia sua verdade mais autêntica: profundamente humana.

ㅤㅤㅤㅤㅤ Platão dizia que a alma humana é composta por razão, emoção e desejo, um equilíbrio frágil que define a essência de cada ser. 𝗘𝗹𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶𝗮 abraçar o caos, permitindo-se ser moldada por instabilidades que, longe de lhe enfraquecer, apenas acentuavam sua profundidade e humanidade. Como uma onda incessante, fluía entre marés suaves e tempestades furiosas, uma existência em perpétuo movimento. Mais do que uma busca por estabilidade, sua jornada era sobre encontrar sentido na imprevisibilidade, na imperfeição daquilo que faz da vida uma experiência genuína e única. Em sua instabilidade, residia sua verdade mais autêntica: profundamente humana.

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤA 𝗺𝗲𝗹𝗮𝗻𝗰𝗼𝗹𝗶𝗮 e a alegria 𝗲𝗿𝗮m 𝘀𝘂𝗮s 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗮𝗻𝗵𝗲𝗶𝗿𝗮s de dança, alternando o ritmo entre o leve e o pesado. A raiva, crua e explosiva como seu pavio curto, era temperada por uma ternura que surgia nos momentos mais inesperados. E, entre o ciúme e o rancor, ela rejeitava o que lhe era amargo como um gole de vinho quente. 𝗘𝗿𝗮 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗮, triste, raivosa, 𝗺𝗮𝘀 também 𝗰𝗮𝗿𝗿𝗲𝗴𝗮𝘃𝗮 𝗴𝗲𝗻𝘁𝗶𝗹𝗲𝘇𝗮 e carinho. Não havia padrão que pudesse contê-la, porque 𝗲𝗹𝗮 não 𝗽𝗿𝗲𝗰𝗶𝘀𝗮𝘃𝗮 de 𝗽𝗲𝗿𝗳𝗲𝗶𝗰̧𝗮𝗼, se bastava em sua imperfeição. Ela amava músicas, fossem elas agitadas, fossem elas tranquilas, um reflexo de sua alma complexa e única. Também encontrava beleza na simplicidade: uma caminhada, o som da chuva, um olhar compartilhado. E, no final, 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝗿𝗮 essa 𝗺𝗶𝘀𝘁𝘂𝗿𝗮 de 𝗱𝗲 𝗰𝗮𝗼𝘀 e calma que tornava sua existência tão singular. Não havia motivos para ser perfeita, porque, na verdade, ela nunca quis ser. Era na aceitação das imperfeições que ela se encontrava completa em sua incompletude; Nietzsche afirmava: “Torna-te aquilo que és.” Não se tratava de buscar um ideal inatingível, mas sim de compreender que a força reside na aceitação do próprio ser.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤEra uma boneca. Os 𝗰𝗮𝗯𝗲𝗹𝗼𝘀 eram curtos, 𝗰𝗮𝗰𝗵𝗲𝗮𝗱𝗼𝘀. Cachos não muito fechados, principalmente pela falta de hidratação, era um 𝗿𝘂𝗶𝘃𝗼 meio 𝗱𝗼𝘂𝗿𝗮𝗱𝗼, alaranjado. Um rosto gordo, harmônico, sinal de saúde. Física. 𝗢𝗹𝗵𝗼𝘀 podiam ser puxados, 𝗹𝗲𝘃𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗺𝗲𝗹𝗮𝗻𝗰𝗼𝗹𝗶𝗰𝗼𝘀, tinha lábios não tão volumosos e dentes com um pequeno espaço no meio. Era sua faceta. Possuía um rosto infantil, muitos 𝗰𝗼𝗻𝗳𝘂𝗻𝗱𝗶𝗮𝗺-𝗮 𝗰𝗼𝗺 uma adolescente de 𝗾𝘂𝗮𝘁𝗼𝗿𝘇𝗲 𝗮𝗻𝗼𝘀. 𝗠𝗲𝘀𝗺𝗼 que estivesse 𝗯𝗲𝗶𝗿𝗮𝗻𝗱𝗼 quase os 𝗱𝗲𝘇𝗼𝗶𝘁𝗼.

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 𝗔s descrições que formulamos sobre nós mesmos 𝗿𝗮𝗿𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗮𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗮𝗺 profundidade, 𝗿𝗶𝗾𝘂𝗲𝘇𝗮 de detalhes ou esmero linguístico. Afinal, por que dedicar tamanha atenção introspectiva, quando o foco poderia se dirigir a outra pessoa? 𝗘𝘀𝘀𝗮 𝗶𝗻𝗱𝗮𝗴𝗮𝗰̧𝗮𝗼, aparentemente trivial, 𝗲𝗰𝗼𝗮 nos pensamentos da maioria, ainda que 𝗱𝗲 𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮 𝘀𝘂𝗯𝗲𝗻𝘁𝗲𝗻𝗱𝗶𝗱𝗮. Contudo, investir na reflexão sobre si mesmo revela-se um exercício frutífero, capaz de catalisar o fortalecimento da autoestima e a edificação de uma autoconfiança mais sólida. A aparência física é, por assim dizer, uma característica inerente, um traço inato que nos acompanha desde o nascimento. Não obstante, sempre nos é facultada a possibilidade de realizar alterações naquilo que eventualmente nos desagrade. Porém, já se perguntou se a aversão a uma determinada característica não decorre de um desconforto genuíno, mas sim de um episódio ado, em que esta se tornou alvo de escárnio ou comentários tolos? Em suma, 𝘀𝗲𝗿𝗶𝗮 𝗽𝗼𝘀𝗶𝘃𝗲𝗹 que 𝗼 𝗱𝗲𝘀𝗰𝗼𝗻𝘁𝗲𝗻𝘁𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 seja mais uma construção externa do que uma insatisfação intrínseca?

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤContudo, ao analisar a intricada construção da identidade humana, compreende-se que ela se manifesta como um processo em perpétua metamorfose, marcado por tonalidades e texturas que traduzem vivências e estados afetivos únicos. 𝗘𝗿𝗮 como 𝘂𝗺𝗮 𝘁𝗲𝗹𝗮 𝗲𝗺 𝗯𝗿𝗮𝗻𝗰𝗼 nos primórdios da existência, um espaço imaculado, aguardando os traços que lhe confeririam profundidade. As experiências vividas configuravam pinceladas sobre essa superfície, algumas tênues e fugidias, outras vigorosas e definitivas, compondo uma obra em incessante evolução. O ambiente no qual o indivíduo estava inserido influenciava decisivamente os matizes predominantes e os contrastes que surgiriam ao longo do percurso. 𝗔𝗹𝗴𝘂𝗺𝗮𝘀 𝗲𝗿𝗮𝗺 leves e etéreas, como uma aquarela dissolvendo-se delicadamente sobre o papel, enquanto outras 𝗽𝗿𝗼𝗳𝘂𝗻𝗱𝗮𝘀 e vibrantes adicionavam estratos de complexidade e expressão. Conforme o tempo avançava, as dificuldades enfrentadas e superadas inscreviam-se na textura da tela, conferindo-lhe densidade emocional e riqueza narrativa. Momentos de triunfo reluziam sobre a composição, ao o que desafios e perdas adicionavam sombras e contrastes indispensáveis à profundidade da obra. Algumas personalidades exibiam quadros intensamente dinâmicos, alternando entre tonalidades resplandecentes e matizes melancólicos. 𝗘𝘀𝘀𝗮𝘀 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮𝘀 𝗰𝗮𝗿𝗿𝗲𝗴𝗮𝘃𝗮𝗺 em suas essências uma 𝗿𝗶𝗾𝘂𝗲𝘇𝗮 de oposições, mesclando êxtase e introspecção de forma singular. A diversidade dessas expressões comparava-se à estética de composições abstratas, desafiando percepções reducionistas e simplórias.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤA influência sociocultural e emocional funcionava como uma paleta que delineava os tons predominantes da tela, moldando a percepção e manifestação da identidade. Cada tradição, cada valor, cada interação, contribuía para o mosaico de elementos que definiam a trajetória do indivíduo. No entanto, apesar dessas influências externas, a essência de cada obra permanecia única e irreproduzível, refletindo vivências internas e subjetividades intransferíveis. Por isso, a construção da personalidade jamais se encerrava em uma forma fixa. Pelo contrário, perpetuava-se como uma criação dinâmica, na qual novas experiências e revelações se integravam continuamente às camadas já existentes. Dessa maneira, a existência humana figura como uma obra em perpétua transformação, uma composição equilibrada de elementos aparentemente imperfeitos que, unidos, geram uma narrativa singular e poderosa. A verdadeira beleza reside justamente nessa construção enigmática e imprevisível, em que cada traço e cada detalhe contribuem para a essência multifacetada e inigualável de ser humano. Tal como um artista diante de sua tela, cada pessoa carrega consigo a liberdade de renovar, aprofundar e reinterpretar sua própria história ao longo dos dias, transformando sua jornada em uma obra digna de contemplação eterna. E, assim, a jornada segue, feita de fragmentos que se encaixam e se dissolvem com o tempo. O indivíduo se molda, não como obra concluída, mas como um manuscrito sempre em revisão. A cada experiência, um novo capítulo é escrito, e velhas versões de si mesmo se tornam memórias de quem já foi. Na imprevisibilidade da existência, há beleza. Cada nuance emocional, cada transformação sutil fortalece essa narrativa única que é ser alguém.

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⠀‘⠀⠀𝗁𝖾𝖺𝖽𝖾𝗋𝗌 𝖾 𝖼𝖺𝗉𝖺⠀★

⠀─ :tangerine: ─⠀⠀Rage