Faça minha História - Capítulo 1

Sabe… às vezes me pego pensando se a vida sempre foi feita pra ser assim… tão pequena. Todos os dias acordo com o canto dos galos, vejo o sol nascer no horizonte e começo mais uma manhã igual a tantas outras. Trabalho, colheita, cuidar dos animais, ajudar minha mãe… E, quando sobra tempo, fico olhando aquele caminho de pedra que leva até a estrada real, imaginando como seria se eu simplesmente… seguisse sem olhar pra trás.

Meu nome é Selene Vayra. Tenho 22 anos. Nasci e cresci aqui, na vila de Eldravia, um lugar onde todo mundo conhece todo mundo… e onde nada de interessante acontece. Pelo menos, nunca aconteceu comigo.

Meu pai… bom, ele partiu quando eu ainda era pequena. Dizem que era um grande soldado. Um herói. Morreu na guerra, ou pelo menos… é isso que contam. Minha mãe, Althea, carrega o peso desse ado nas costas. Forte, teimosa e com aquele jeito dela de querer me proteger do mundo… até demais, às vezes.

Eu sempre senti que algo me esperava além dessas terras, além dos campos e das colinas. Mas nunca imaginei que esse “algo” me encontraria primeiro.

Foi numa manhã qualquer… ou pelo menos, parecia ser. Eu estava terminando de encher os baldes no poço, quando ouvi o som de cascos se aproximando. Levantei o olhar e vi um cavalo preto, reluzente, e sobre ele, um homem usando trajes que eu só tinha visto de longe — um mensageiro real. Ele desceu, olhou diretamente pra mim, e com uma voz firme, disse:

— “Selene Vayra? Por ordem de Sua Majestade, o Rei Aldric, está convocada a comparecer ao Castelo Real. Sua presença é de extrema importância.”

Ele me entregou uma carta. O selo dourado, com o brasão do rei, parecia mais pesado do que todo o balde d’água que eu carregava.

Minha mãe ficou pálida, segurou meu braço com tanta força que quase senti seus dedos marcarem minha pele.

— “O que eles querem com você?...” — ela sussurrou, mais pra si do que pra mim.

E aqui estou eu… segurando um pedaço de papel que parece capaz de mudar tudo. Meu coração dispara, minha cabeça gira, e uma pergunta não sai da minha mente:

O que eu faço agora?

O destino está nas minhas mãos… ou talvez nas suas.

O que Selene faz? (Vote na enquete)

A) Abro a carta imediatamente, sem pensar duas vezes.

B) Levo a carta pra dentro e converso com minha mãe antes de decidir.

C) Finjo calma, guardo a carta no bolso e continuo minha rotina… preciso de tempo pra pensar.